terça-feira, 14 de abril de 2009

Que cansaço!

Minha cabeça e meu coração fervilham.
Idéias, emoções, sensações, medo, paixão...
Escrevo para acalmar e vomitar um pouco dessa aflição.

Que merda. Quanto mais o tempo passa, mais me sinto num labirinto que vai crescendo, crescendo dentro de mim. Quanto mais me esforço pra entender o que acontece no meu mundo, esse mesmo mundo entra dentro de mim, muda tudo e sai como se nada tivesse acontecido. Por onde será que eu deixo escapar essa vida? Por que me permito sofrer e fazer tanta coisa que não tenho vontade? (Esse telefone não pára de tocar! Hoje ainda fico louca!). Tô suando, não páro de tremer.

Tenho planos, projetos... por que eu nunca sei por onde começar? Tenho dois dias pra fazer uma foto campeã, eu já estava desistindo por causa do trabalho, mas eu quero fazer porque esse é meu futuro. Não vou ficar aqui por muito tempo, preciso plantar o que daqui a pouco vai nascer. Meu Deus! Por onde minha cabeça esta andando? Tô mais perdida que cego em tiroteio. Essa noite quando eu chegar, eu vou ligar pra minha mãe, vou combinar de ir lá amanhã pra fazer as fotos. Essa noite, nem que eu me mate, eu vou ter uma idéia espetacular.

Tô cansada de pensar.

Minha cabeça tá tão pesada que as invés de esquecer as coisas inúteis do dia a dia, eu ando esquecendo coisas importantes. Eu simplesmente esqueço. Um branco. Um nulo. Alguns dizem que é porque sou desligada, mas eu não sou. Não conheço ninguém mais pilhada que eu. Às vezes penso em comprar um memory card.

Acho que estou ficando louca e tenho medo de tomar aqueles choques, injeções, ou pior, ficar naquelas camas brancas ou azuis horríveis que a gente vê nos filmes.
Tomo esses remédios malucos e piro cada vez mais. O comprimido suaviza uma dor enquanto piora a outra. Tinha medo superficiais que só hoje eu percebo que eles pertencem a qualquer ser vivo, humano ou não. Agora vejo que esses medos foram amenizados, mas em compensação descobri medos internos que só eu conheço. Nem psiquiatra pode mais me ajudar. Cheguei num ponto onde me conheço tanto e tão pouco ao mesmo tempo que me escondo e me encontro a todo instante. (Nossa! Quanto mais eu rezo para o telefone não tocar, mais ele toca. Já fiz 5 vendas eu acho, já ta bom né?).

Torturo-me pra quê?

Puta que pariu! Puta que pariu! Puta que pariu! Aonde estou querendo chegar? Nesse ritmo nem até a esquina eu vou conseguir.

Eu não aceito essas condições que eu me permito abandonar.

Tempestade é essa que me molha sem que eu consiga abrir um guarda chuva ou me abrigar num toldo de um bar qualquer.

É só um passo, só uma coragem que me falta para abrir mão de tudo isso e seguir alegre para uma felicidade eterna, sem volta.

Sempre me disseram que seria fácil, mas pra quem? Pra mim não é fácil, arriscar dói.
(Parece que o telefone acalmou. Daqui sete minutos vou zarpar fora).

Minha casa acolhedora me espera. Minha vó, meu vô, minha cachorra e meu namorado me esperam com o mesmo coração, sorriso e braços abertos para uma pessoa tão fraca e efêmera como eu.

Bom descanso para mim.